terça-feira, novembro 28, 2006

Ironias...

Reparem bem no chapéu da vitima...

segunda-feira, novembro 27, 2006

Livre




Tudo que em mim encerrava
Aprisionado estava
Queria falar e explicar
Mas onde poderia estar?
Meu canto criei
Meu mundo propalei.
Agora sou mais livre
Duma forma que nunca estive.
Abri-me e soltei-me
Escancarei e mostrei-me
Sou verdadeiro no que escrevo
Porque é da alma este acervo.
Agora que caminho
Sei que rimo
Estou feliz por partilhar
Aquilo que tenho para dar
Para ti, sei que existo
Aqui, no Bloga-me isto!

terça-feira, novembro 21, 2006

Frase do Dia

"A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos."
George Bernard Shaw

Procrastinare



Procrastinação.
Eis uma palavra que me descreve tão bem e, no entanto, só este fim-de-semana é que a aprendi. Como certas das nossas características, que às vezes tão enraizadas em nós estão, que as julgamos difíceis de explicar, e de repente, uma palavra as define, qual luz na escuridão. E esta minha característica há muito a tinha atirado para o negrume do meu ser. Mas, inevitavelmente, ela não desaparece, porque o lixo debaixo do tapete não se esfuma.

Procrastinação não é mais do que o acto de adiar. E ninguém o faz tão bem (ou será tão mal) como eu. Em meu peito bato Mea Culpa. E na minha cabeça, se pudesse, deveria ser um maço. Desta forma, me confesso ser um “procrastinante”. Para ser mais preciso, deveria incluir compulsivo. Mas a própria cobardia que me torna procrastinante, é a mesma que não quer revelar a agudeza da minha particularidade. O próprio nome parece ser feito para mim: Pró-castro!

Mas é tempo de a enfrentar. Assim, como tive a felicidade de lhe conhecer o nome, é tempo de elimina-la de dentro. É que esta característica trabalha na sombra. Qual cicuta que vai envenenando o espírito. E como qualquer coisa que vicia, carece de um período de purga, de desmame, de destilação deste veneno que se espalhou até à mais pequena célula. Declaro-lhe daqui, qual grito de ipiranga, a minha independência ao seu domínio. Vou torna-la torpe a para poder defecar, e depois, bem no fundo da sanita, a enviarei para o fundo dos oceanos (que me perdoem os peixinhos!). Não sei se existem os Procrastinantes Anónimos porque poderia, então, dar o meu contributo.

Como alguém disse: “Se queres ser feliz amanhã, tenta hoje mesmo”. Nunca foi tão verdade para mim. Bloga-me isto!

terça-feira, novembro 14, 2006

Love is Blindness

Love is blindness, I don't want to see
Won't you wrap the night around me?
Oh, my heart, love is blindness.

In a parked car, in a crowded street
You see your love made complete.
Thread is ripping, the knot is slipping
Love is blindness.

Love is clockworks and cold steel
Fingers too numb to feel.
Squeeze the handle, blow out the candle
Love is blindness.

Love is blindness, I don't want to see
Won't you wrap the night around me?
Oh, my love,
Blindness.

A little death without mourning
No call and no warning
Baby, a dangerous idea
That almost makes sense.

Love is drowning in a deep well
All the secrets, and no one to tell.
Take the money, honey...
Blindness.

Love is blindness, I don't want to see
Won't you wrap the night around me?
Oh, my love,
Blindness.

By U2

segunda-feira, novembro 13, 2006

Quem matou a Política?


Houve alturas em que me entusiasmava a Política. Vivia intensamente os seus meandros, as suas contradições, as suas batalhas. Dum lado estava o bem, e do outro, o mal. Apaixonava-me as discussões ideológicas, que acalorava no confronto próximo de eleições. Houve um tempo, em que as secções mais interessantes dos jornais eram as políticas e a dos artigos de opinião. Em que ficava furioso quando a demagogia era latente, e radiante quando a crítica era favorável. Respirava-a. Nutria-a e ruminava-a. Tinha orgulho de algumas das minhas primeiras palavras em criança terem sido de partidos políticos (e logo dos correctos), e de que tinha lido “A República” de Platão, “O Príncipe” de Maquiavel e “A utopia” de Thomas More.
Havia um tempo! Mas não há mais.

Acabou-se o encanto. O fastio tomou o lugar da paixão. A fleuma ao fervor. Pergunto-me muitas vezes o que ocorreu. Terá sido o peso da idade, a maturidade de ver cinzento onde antes só havia branco e preto? Terá sido o laxismo, o conformismo da vida sedentária, a primazia de outros motivos?
Minha resposta inclina-se por outro lado. Tal assunto que me enchia, e que me deixa, hoje em dia, nostálgico, não podia ser abalado pelos ventos da maturidade. Nem me fazia sentir agerásico.

Não! Acho que são os protagonistas desta Política actual. É uma era em que a demagogia e populismo de esquerda tem mais protagonismo, em que se faz recauchutagens de velhos senis e gastos, em que os complexos de Abril continuam enraizados, numa imprensa dominada por uma facção, em que o imediatismo da nossa sociedade impõe políticas a curto prazo, que quem é bom não se quer imiscuir com deputados e ministros de currículo parco e sinuoso, de camaradagem em vez de capacidade, de populismo em vez de ideologia.
Não há quem me arrebata para dentro da carruagem de novo. Não espero D. Sebastião, mas também não me sinto Velho do Restelo. Com raríssimas excepções, a cena política nacional veste-se de fato cinzento. Pena é que os cérebros também não o sejam.

Hoje estou numa cadeira incómoda. Não me sento em nenhuma mesa. E sinto falta disso. Não me repasto numa iguaria de ideias, regada com combatividade e servida quente. Só vejo buffets de frios, acompanhados de coca-cola.

E sinto-me responsável por isso! E por tal, Bloga-me isto!

Crossroad


Onde tenho andado? Em que vias me tenho perdido?
O que mais importante é que as nossas próprias coisas, sem que tenham a devida atenção?
A vida tem mais que um caminho, mais que uma encruzilhada por dia, mais entroncamentos sem prioridade, em que nos perdemos, perguntamos por direcções, chocamos com o alheio.
A simplicidade do confuso, uma VCI em hora de ponta, um acidente sem culpa, que nos afasta daquilo que amamos.
Mas necessitamos de entrar por vias secundárias, fugindo das principais, de vez em quando. É nelas em que nos encontramos. É nelas que nos testamos. Muitas vezes, em que cortamos caminho.
A vida tem mais que um caminho. E aqui, nunca me perco.
Bloga-me isto!