quinta-feira, dezembro 21, 2006

Natal


Adoro o Natal.

Esta época em que se tenta, de alguma forma, tocar em certos pontos que a humanidade, em geral, se esqueceu. Não é todos os dias, mas pelo menos é num em especial.


No entanto, o elan que tinha o meu Natal de infância é diferente agora.

Lembro-me da magia das luzes que me ofuscavam, da paz das cantilenas, do frio que me aquecia o coração, do Natal dos hospitais, do sapatinho debaixo da árvore, do meu "cordeirinho" no nosso presépio.


Hoje é diferente. Diria que é um Natal da abundância. Em que tudo é demais e em demasia.

Lembrei-me hoje dum Natal em especial, em que os meus pais, por ter sido um ano difícil, nos disse que as prendinhas eram poucas. Mas para mim, ainda hoje foram muitas. E dei comigo a pensar que aquele Natal foi especial, não porque foi pobre, mas porque as prendas valeram mais, valeram pelo espírito do verdadeiro Natal. Em o que interessa é o gesto e não o tamanho da mesma. E não me esqueço que quando Jesus nasceu, foi em palhinhas e não num berço de ouro.


Desejo ao mundo o dobro que desejo-me a mim. Um Santo Natal!Bloga-me isto!

sexta-feira, dezembro 15, 2006

terça-feira, dezembro 12, 2006

Frase do Dia III

"Se a escada não estiver apoiada na parede correcta, cada degrau que subimos é um passo mais para um lugar equivocado."
Stephen Covey

Vivemos num tempo...


Vivemos num tempo em que tudo se processa com o chamado "pé atrás". Imagino que isso se deva a uma precaução de segurança, que decorre da dita segurança ser insegura. Passa pelas actividades normais diárias, como andar de carro, passear o cão, levantar dinheiro no Multibanco, até às próprias relações humanas, em que somos levados a provar que somos “normais” e não o contrário, como seria expectável (claro que tem de se explicar o que é ser normal também…).
Que raio de sociedade é que estamos a construir? Que sensação de liberdade é esta, que muitos propalam, mas que no dia-a-dia estamos constantemente a violar? Que sensação de liberdade é esta que as fechaduras de nossa casa são tantas que os nossos porta-chaves mais parecem os carrilhões da Torre dos Clérigos? Que sensação de liberdade é esta que olhamos para o nosso semelhante com a ideia de ser um “predador” de qualquer tipo e só após o conhecermos (bem) é que confiamos nele?
Estaremos mais seguros que no passado, só que são desafios diferentes ou realmente estamos a criar muros cada vez mais altos porque temos “Medo”? E qual a origem desse “Medo”? E quem é que é responsável pelo “Medo”, que logo, é o único que nos pode livrar desse “Medo”? Porque temos “Medo”?
Porque nos escondemos atrás de máscaras? Porque não podemos mostrar quem realmente somos? Porque é cada vez comunicamos mais, e há mais tecnologia nesse sentido, mas cada vez nos isolamos mais e nos sentimos mais sozinhos? Porque é que cada vez mais se gosta de protagonismo mas, no entanto, a nossa privacidade tem de ser respeitada? Porque é que cada vez mais se renega Deus, mas depois fica aquela sensação de vazio? E como preenchemos esse vazio?
São apenas perguntas. As respostas, cada um deve ter. Dentro dessa privacidade que cada um gosta. Bloga-me isto!

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Paternidade


Haverá amor mais desinteressado do que dum pai?
Pedaços de nós que brotam em outras vidas, mas que valem muito mais. Valem porque estamos dispostos a perder a nossa, se for necessário. Legados que ficam e que nos tornam imortais. É através dos nossos filhos que abarcamos a imortalidade.
No seu sorriso, vemos a nossa felicidade. No seu choro, o nosso pranto. Nas suas conquistas, alcançamos mais longe. Nas suas quedas, as nossas fraquezas.
Digo isto porque sou pai. Tive essa graça de Deus.
Hoje sou diferente. Hoje vejo o mundo com outros olhos, mas o mundo é igual, só que as suas prerrogativas é que mudaram. Como mudaram! Nada à volta pode ser indiferente. Nada do que se diz pode ser irreflectido. Nada do que se faz é desvalorizável. Porque eles estão ali, a olhar-nos, a analisar-nos, a absorver-nos. Mentes ávidas de modelos e experiências, sedentos de carinho e atenção. Faz-nos sentir importantes mas impotentes. Como dizia o outro:”Não nascem com manual de instruções!”
Amo-os com todo o meu ser e toda a minha alma. Só podem ter de mim o meu melhor. Devo-lhes isso. Porque me dão sentido. Porque por eles viverei eternamente! Bloga-me isto!

terça-feira, dezembro 05, 2006

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Frase do Dia II

"A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido. Não na vitória propriamente dita."
Mahatma Gandhi

Queria-te fazer uma melopeia...


Queria-te fazer uma melopeia. Encerrar numa mescla de vocábulos o resumo do que não tem palavras.
Há coisas que não se fazem, olham-se.
Há coisas que não se dizem, sentem-se.
Há coisas em que os 5 sentidos não chegam. Não se consegue tocar o inteligível. Não se consegue explicar o destino que nos juntou, e no entanto aqui estamos. O realismo das nossas vidas só consegue sobreviver porque no âmago de nós, há mais para além do que vemos.
Existimos mas não separados. Vivemos mas também sobrevivemos, no dia-a-dia, na correria, no cansaço. Há coisas que não fazemos, mas no fundo sabemos que fazíamos. Adia-se mas não se esquece. Contigo descanso mas também me canso. Somo mas também subtraio o que multiplico para dividir. As nossas contas não são certas. Nós somados dá quatro. Nós divididos não dá nada.
Queria-te fazer uma melopeia. Mas à falta das palavras, fica a vontade de viver a teu lado…