quinta-feira, maio 31, 2007

Bis...Bis


Venho atrasado para a festa? Não, o campeonato festeja-se quando há tempo, e até ao lavar dos cestos é vindima.


Apesar de muito sofrido, mesmo no último jogo, o "caneco" ficou aqui.


Pode dizer-se muito, mas não se pode dizer que houve batota. Que se ganhou porque os árbitros não notavam nas inclinações dos campos, que o "Papa" sempre que abria a boca era para assustar, ou que foi sorte. Ganhamos porque no final tivemos mais pontos, porque fizemos uma primeira parte do campeonato imparável, dando os pontos suficientes para os outros, quando nos olhassem, era sempre para cima. Vitórias morais, como ouvi alguns dizer, é para quem fica em segundo.


Ficam os votos para o próximo ano de ganharmos o "tri", e se possível, com mais rapaziada das escolinhas, e menos samba e tango.


BICAMPEÕES F.C. PORTO!!!


*Bloga-me isto!

Tenho andado distante do meu cantinho, mas nem por isso está esquecido.
Antes de escrever aqui, hoje, a minha saudação!

*BLOGA-ME ISTO!

terça-feira, maio 15, 2007

1000


Hoje reparei que o meu blog foi visitado 1000 vezes.

Não é muito comparado com a maioria dos blogs. Nem é pouco comparado com a minha ambição aquando do início desta aventura na blogosfera.

É apenas um número simbólico. Redondo.

Mas que me deixa feliz porque o que verto para este sítio, é do próprio líquido que me constitui.

E se, como Séneca dizia "O prémio da boa obra é tê-la realizado", o meu prémio é poder partilha-lo com toda a gente que o visita.

Obrigado e *Bloguem-me isto!

"Sei os teus seios"

Sei os teus seios.
Sei-os de cor.

Para a frente, para cima,
Despontam, alegres, os teus seios.

Vitoriosos já,
Mas não ainda triunfais.

Quem comparou os seios que são teus
(Banal imagem) a colinas!

Com donaire avançam os teus seios,
Ó minha embarcação!

Porque não há
Padarias que em vez de pão nos dêem seios
Logo p'la manhã?

Quantas vezes
Interrogastes, ao espelho, os seios?

Tão tolos os teus seios! Toda a noite
Com inveja um do outro, toda a santa
Noite!

Quantos seios ficaram por amar?

Seios pasmados, seios lorpas, seios
Como barrigas de glutões!

Seios decrépitos e no entanto belos
Como o que já viveu e fez viver!

Seios inacessíveis e tão altos
Como um orgulho que há-de rebentar
Em deseperadas, quarentonas lágrimas...

Seios fortes como os da Liberdade
-Delacroix-guiando o Povo.

Seios que vão à escola p'ra de lá saírem
Direitinhos p'ra casa...

Seios que deram o bom leite da vida
A vorazes filhos alheios!

Diz-se rijo dum seio que, vencido,
Acaba por vencer...

O amor excessivo dum poeta:
"E hei-de mandar fazer um almanaque
da pele encadernado do teu seio"

Retirar-me para uns seios que me esperam
Há tantos anos, fielmente, na província!

Arrulho de pequenos seios
No peitoril de uma janela
Aberta sobre a vida.

Botas, botirrafas
Pisando tudo, até os seios
Em que o amor se exalta e robustece!

Seios adivinhados, entrevistos,
Jamais possuídos, sempre desejados!

"Oculta, pois, oculta esses objectos
Altares onde fazem sacrifícios
Quantos os vêem com olhos indiscretos"

Raimundo Lúlio, a mulher casada
Que cortejastes, que perseguistes
Até entrares, a cavalo, p'la igreja
Onde fora rezar,
Mudou-te a vida quando te mostrou
("É isto que amas?")
De repente a podridão do seio.

Raparigas dos limões a oferecerem
Fruta mais atrevida: inesperados seios...

Uma roda de velhos seios despeitados,
Rabujando,
A pretexto de chá...

Engolfo-me num seio até perder
Memória de quem sou...

Quantos seios devorou a guerra, quantos,
Depressa ou devagar, roubou à vida,
À alegria, ao amor e às gulosas
Bocas dos miúdos!

Pouso a cabeça no teu seio
E nenhum desejo me estremece a carne.

Vejo os teus seios, absortos
Sobre um pequeno ser.

Alexandre O'Neill

Sei-os ... e por isso *Bloga-me isto!

domingo, maio 06, 2007

Mãe


Texto que o meu filho deu à Mãe.

Diz tudo.

Dedico à minha, à dos meus meus e a todas do mundo!



A Mãe é uma árvore

E eu uma flor.

A Mãe tem olhos altos como estrelas.

Os seus cabelos brilham como o sol.

A Mãe faz coisas mágicas: transforma

farinha e ovos em bolos, linhas em

camisolas, trabalho em dinheiro.

A Mãe tem mais força que o vento:

carrega sacos e sacos de supermercados e

ainda me carrega a mim.

A Mãe quando canta tem um pássaro na

garganta.

A Mãe conhece o bem e o mal.

Diz que é bem partir pinhões e partir

copos é mal.

Eu acho tudo igual.

A Mãe sabe para onde vão todos os

autocarros, descobre as histórias que

contam as letras dos livros.

A Mãe tem na barriga um ninho.

É lá que guarda o meu irmãozinho.

A Mãe podia ser só minha.

Mas tenho de a emprestar a tanta gente...

A Mãe à noite descasca batatas.

Eu desenho caras nelas e a cara mais

linda é a minha MÃE!


*Bloga-me isto!