sexta-feira, novembro 21, 2008

Turn my head

Anyone, caught in your mystery
keep it angry
keep it whispy
I've fallen down
drunk on your juices

I turn my head
turn my head
it's aimed at you

Funky temple your dress is torn to shreds
your eyes are crazy
I bowed to save my head and
I can't forget you
but I can remember

I turn my head
turn my head
it's aimed at you

Oh no, we came to love you all day
these bastards are leavin'
somebody's got to stay
whatever we called you
it's just a name
just a name

by Live

sexta-feira, novembro 14, 2008

O nosso habitat...


Qualquer animal faz por o seu habitat ser harmonioso. É uma questão de sobrevivência. O animal humano tenta realiza-lo juntando à sobrevivência o conforto. A inteligência dá-nos a faculdade de modificarmos o que nos rodeia e a disponibilizar o que não aparece naturalmente para cada vez sobrevivermos mais tempo e em melhores condições. Até agora não disse nada de novo. Um pouco de filosofia apenas para justificar o meu post. Para justificar a minha indignação por sermos um país pobre (e acrescento, sem perspectivas de modificar).


As razões para o sermos são muitas e conhecidas. Já se fizeram estudos, já se debateu na sociedade civil, em movimentos mais ou menos organizados, já se debateu na Assembleia da República, em cafés e reuniões de amigos. Todos já falamos disso. Todos sabemos disso. Todos nos queixamos disso. Mas fazemos alguma coisa para o mudar?


É uma pergunta retórica, bem sei. Mas gostaria de falar de uma das razões que, pessoalmente, acredito ser a mãe de todas as justificações. Ela é a corrupção, no seu sentido lato.


Ela é o cancro que mina o nosso desenvolvimento. Está tão disseminada em nós e na nossa cultura como está o bacalhau. Que outra razão seria se observamos que, por exemplo, autarcas corruptos ganhem eleições? Não digo apenas aqueles que têm julgamentos a decorrer ou já sentenciados mas igualmente aqueles que vemos que entram pobres nas câmaras e saem milionários. A incrível justificação é que “Roubam mas ao menos fazem alguma coisa pela terra”. Admirável.


Como admitimos que desde que entramos na União Europeia tenhamos recebido biliões de euros, muito mais que certos países da União Europeia que entraram muito depois de nós, eram mais pobres e hoje são mais ricos. É por sermos um país periférico? Patético.


E o famoso factor “C”? Não será também um sistema de valorizar o social em vez do mérito? Também a esse nível há corrupção.


Isto, obviamente, cria fossos entre aqueles que estão privilegiados em ter acesso ao dinheiro recebido e aqueles a quem não chegam a cheira-lo nem a ver a sua cor. A teia de interesses instalados torna a distribuição desigual e a sua aplicação ineficiente.


E por tal, nunca seremos um país rico. Posso estar a ser muito definitivo mas tenho quase 900 anos de histórico para o comprovar. Mesmo nos saudosos séculos dos descobrimentos, em que bilhões de euros entraram em Portugal, havia na mesma fome e pobreza (indiquei euros de propósito para criar a metáfora). Nunca a riqueza criada foi aplicada para desenvolver o país mas sim o dispêndio, o acessório, o luxo. Antes como agora. Os juros baixos dos últimos anos apenas serviram para endividar e não para investir. Isto está nos nossos genes. É inevitável.


Há um provérbio chinês que diz: “Se os teus projectos forem para um ano, semeia o grão. Se forem para dez anos, planta uma árvore. Se forem para cem anos, educa o povo.” O nosso drama é: quem educa quem?


Querem viver num país rico? Mudem de país! *Bloga-me isto!

sexta-feira, outubro 03, 2008

O subterrâneo de Lino

A Hidra de Lino

Estive a tentar dominar-me para não voltar a escrever sobre “ele” mas não resisti! É mais forte do que eu, até porque “ele” parece também não resistir em prejudicar o Porto.


A última tem a haver com o metro.


A pompa e circunstância da assinatura da calendarização das novas fases de alargamento do metro do Porto que, no ano passado, foi assinado com o PM, foi na semana passada “fumada” pelo seu ministro das obras públicas lisbonenses e arredores.


Ora, imagine-se, que em plena crise financeira mundial, há uns autarcas no norte, levados por aspirações das suas gentes, que pensam em gastar dinheiro dos contribuintes em projectos tão dispendiosos como o metro. E quem é que deveria corrigir este despropositado? Nada mais do que o famoso Lino. Admiro este homem. Depois de tanta javardice, o elefante mostra como se consegue equilibrar no nenúfar. É admirável ou talvez não. Depende de que lado do país se está.


O que me apraz dizer sobre isto? Bem, é nitidamente atentatório o que este ser vivo rastejante anda a fazer ao resto do país, nomeadamente ao Porto. É difícil explicar e justificar perante as populações que vivem nesta zona que, dinheiro para fazer aeroportos em desertos, pontes rodo-ferro-fluvió-aero-viárias, TGV’s, compensações de 2 mil milhões de euros só porque disse “Jamais”, chega para isto tudo e que o resto “vê-se daqui a 20 anos”, palavras estas proferidas pela marioneta colocada na administração da empresa que, a propósito, foi moeda de troca para que os projectos do alargamento fossem calendarizados e acordados com o PM!!!! A fúria ainda se torna maior quando assistimos à congénere empresa de Lisboa que, acreditando no que está escrito no site, tenha obras em execução e projectos para alargamentos que nem sejam discutidos. Temos um ditado que diz: “Quem não sente, não é filho de boa gente”. Ora aqui somos todos boa gente, logo o silogismo impele-nos a que nos sintamos ultrajados.


Quando é que nos dão a regionalização para acabarmos com este centralismo desmesurado? Quando vamos unir as nossas vozes num coro ensurdecedor para que, de uma vez por todas, parem estes ataques constantes ao nosso progresso?


Em relação a esse pateta que temos como ministro, continua a sibilar pelos corredores do poder central, sem que nada aparentemente o atinja. Continua no seu abjecto ímpeto de prejudicar interesses nacionais que não estejam num raio de 50 km do ralo do esgoto que ele colocou no MOP. Talvez a razão para que ele goste mais do metro de Lisboa em relação ao do Porto, é que o primeiro é subterrâneo e o outro é à superfície. Deve-se sentir mais em casa. Ele faz-me lembrar a Hidra de Lerna, com seu hálito venenoso, porque sempre que alguém lhe parece cortar a cabeça, eis que renasce outras duas em seu lugar. Não temos um Hércules para o expulsar mas espero que umas eleições o ponham debaixo da pedra de onde ele rastejou.


Para as profundezas, o meu *Bloga-me isto!

quinta-feira, setembro 25, 2008

Leitura...

Sua existência define-se por linhas, versejando por todo o espaço. Umas mais longas, outras mais curtas, rasgadas até ao infinito. A exuberância do belo que transmite, sensorialmente, a química inerente. Percorro-as, ávido de leitura, sedento de conhecimento, num consumo insaciável, qual suplicio de Tântalo. Os cantos e recantos que são cantados, exalam seu perfume irresistível, quais cantos de sereias, abraçados pelas teias do desejo. Arranca dentro de mim a paixão, a volúpia, o êxtase dos sentidos. Tanto se escreve, tanto se lê, mas nunca se consegue atingir. Como, se a imaginação é maior que nós? Como, se esta é mais importante que o conhecimento? Como, se a nossa inépcia instintiva tolda-nos a pena pela regurgitação da maça da árvore proibida? Oh vil serpente da tentação, pelas tuas acções estamos confinados ao óbvio, ao superficial, ao inteligível. Os seus segredos estarão sempre por desvendar, qual tesouro guardado por Cérbero, cujos labores incansáveis nos obriga a realizar. Percorro mas alguma vez cansarei? *Bloga-me isto!

terça-feira, setembro 23, 2008

Portugal Tropical


Tenho lido alguns especialistas, nomeadamente no relatório Stern, que Portugal arrisca ser um deserto devido às alterações do clima com o aquecimento global. Não o deserto previsto pelo ministro Lino, mas uma extensão do Sahara no sul da Europa.

Pois bem. Eu tenho uma teoria diferente. Constatando os últimos Verões chuvosos que temos tido, ao inverso dos Invernos secos, acho o que está a acontecer é ficarmos com um clima tropical, em que no Verão temos a monções. Ontem contei 40 minutos de chuva intensa que me fez lembrar as chuvas que apanhei na Índia há duas semanas.

Um Portugal tropical é pois a minha teoria. Agora é que vamos mesmo ser uma república das bananas! E outras frutas…

Viva as monções...*Bloga-me isto!

quinta-feira, setembro 18, 2008

Gulp Renováveis


Para mortais que obrigatoriamente têm de usar diariamente o carro, como eu, não podem ficar indiferentes à escalada de subida de preços da gasolina (ou gasóleo). Sempre que vamos abastecer o bólide, lá fazemos figas para que a Comissão de Autorização a Roubos para Tolos, Estúpidos e Lorpas (CARTEL) não tenha subido ligeiramente os lucros, perdão, os preços dos combustíveis. Ligeiramente porque é ligeiramente que vão subindo os preços. Ora sobe, ora recua, do género dois passos à frente e um atrás.

É claro que entendo, e compreendo, as justificações dadas pelo CARTEL sobre as razões da subida dos preços, ou não fosse um tolo e um lorpa. Nem sou a favor da taxa "Robin dos Bosques". Isso de roubar às pobres petrolíferas para dar aos ricos párias que temos na nossa sociedade, não está certo. Enfim, suponho que esta taxa é mais uma das muitas que o preço final do combustível já tem. Aliás, acho que os combustíveis não só poluem com CO2 mas também com todas as taxas e impostos que têm diluídos na sua composição, o que é verdadeiramente nefasto para o nosso meio ambiente.

Lembro-me de uma telenovela brasileira, que não me lembro do nome, em que havia um personagem que tinha inventado a urinolina. Isso é que era bom. Assim, em vez de eles cagarem para nós, mijávamos nós neles… Literalmente!

Ó CARTEL, *Bloga-me isto!

sexta-feira, maio 16, 2008

Imagem da viagem para Caracas

O nosso PM foi apanhado a fumar no voo para Caracas. Já não é novidade.
A justificação foi que não conhecia a lei, que foi aprovada pelo seu governo. Também não é novidade. Faz lembrar uns projectos em que supostamente assinou mas não foi ele que os fez.

É razão para dizer: “Ó Zé, dá-me uma passa!” Passou-se.



*Bloga-me isto!

quarta-feira, maio 07, 2008

"Pensatempos"


Gosto de ler frases feitas. Mais famosas, menos famosas. Não interessa. O que me agrada é ler reflexões, pensamentos, inspirações, conselhos, pedaços de rasgos iluminados que colocam em palavras realidades que muitas vezes sentimos mas não as sabemos exprimir, concretizando as abstracções. Fica bem uma frase destas num fim de um texto, tal cereja no topo do bolo. Faço-o aqui várias vezes. Mas faço sempre a respectiva vénia a quem a proferiu pela primeira vez, referindo o seu autor.

Há dias tive o “desprazer” de passar os olhos por um livro editado por uma personalidade muito conhecida da nossa praça. O dito VIP chamou a esse livro o nome pomposo de “Pensamentos”, dele subentende-se. Tratam-se de frases alegadamente proferidas ou registadas desta persona, que inspiraram sua vida pessoal e profissional. Tudo muito bem. Pode se achar vindo de uma pessoa de ego inchado e pouco modesto, mas trata-se realmente de alguém que venceu na vida. Agora o pior é apropriar-se de frases, a maior parte delas desconhecidas do grande público, como suas. Algumas foram ardilosamente modificadas, como por exemplo “O meu gasto mais dispendioso é o tempo”, mas a maior parte estão “escarrapachadas” como realmente vieram ao mundo.

Suspeito que a pessoa nem sonha que essas frases já foram ditas e que nem imagina que o indivíduo que contratou para fazer o dito livro nem sequer foi muito estudioso para buscar as “frases soltas”. Bastou ler um panfleto do banco BES.

Diz-se que uma mentira dita muitas vezes torna-se verdade. Será que uma verdade dita muitas vezes perde o seu dono? Espero que não porque as ideias têm pais, não nascem órfãs. “A César o que é de César” (Jesus Cristo).

A esse VIP (Very Imported Person) o meu *Bloga-me isto!

sexta-feira, março 14, 2008

Vã razão de ... voltar!


O bom filho à casa volta.

Já sentia saudades de escrever.

O mundo leva-nos na sua torrente imparável, qual tsunami, e por vezes nem sentimos que vamos arrastados. Tem de haver tempo para nos escutar sob pena de nos perdermos. Perdermo-nos nos nossos próprios labirintos, ameaçados por insanos minotauros à espreita.

Exagero? Talvez. Mas se nenhum homem é uma ilha, também é verdade que a ilha tem, de vez enquando, ser visitada.

Para o Teseu, um *Bloga-me isto!