
Adoro o Natal.
Esta época em que se tenta, de alguma forma, tocar em certos pontos que a humanidade, em geral, se esqueceu. Não é todos os dias, mas pelo menos é num em especial.
No entanto, o elan que tinha o meu Natal de infância é diferente agora.
Lembro-me da magia das luzes que me ofuscavam, da paz das cantilenas, do frio que me aquecia o coração, do Natal dos hospitais, do sapatinho debaixo da árvore, do meu "cordeirinho" no nosso presépio.
Hoje é diferente. Diria que é um Natal da abundância. Em que tudo é demais e em demasia.
Lembrei-me hoje dum Natal em especial, em que os meus pais, por ter sido um ano difícil, nos disse que as prendinhas eram poucas. Mas para mim, ainda hoje foram muitas. E dei comigo a pensar que aquele Natal foi especial, não porque foi pobre, mas porque as prendas valeram mais, valeram pelo espírito do verdadeiro Natal. Em o que interessa é o gesto e não o tamanho da mesma. E não me esqueço que quando Jesus nasceu, foi em palhinhas e não num berço de ouro.
Desejo ao mundo o dobro que desejo-me a mim. Um Santo Natal!Bloga-me isto!