quinta-feira, dezembro 07, 2006

Paternidade


Haverá amor mais desinteressado do que dum pai?
Pedaços de nós que brotam em outras vidas, mas que valem muito mais. Valem porque estamos dispostos a perder a nossa, se for necessário. Legados que ficam e que nos tornam imortais. É através dos nossos filhos que abarcamos a imortalidade.
No seu sorriso, vemos a nossa felicidade. No seu choro, o nosso pranto. Nas suas conquistas, alcançamos mais longe. Nas suas quedas, as nossas fraquezas.
Digo isto porque sou pai. Tive essa graça de Deus.
Hoje sou diferente. Hoje vejo o mundo com outros olhos, mas o mundo é igual, só que as suas prerrogativas é que mudaram. Como mudaram! Nada à volta pode ser indiferente. Nada do que se diz pode ser irreflectido. Nada do que se faz é desvalorizável. Porque eles estão ali, a olhar-nos, a analisar-nos, a absorver-nos. Mentes ávidas de modelos e experiências, sedentos de carinho e atenção. Faz-nos sentir importantes mas impotentes. Como dizia o outro:”Não nascem com manual de instruções!”
Amo-os com todo o meu ser e toda a minha alma. Só podem ter de mim o meu melhor. Devo-lhes isso. Porque me dão sentido. Porque por eles viverei eternamente! Bloga-me isto!

1 comentário:

Anónimo disse...

Temos pai!!:)
Post ternurento.
Gostei.

Fui.
Voltarei.

Diz ela*