quinta-feira, março 15, 2007

At my House...


23:05.

Não é uma data, nem tão pouco uma hora qualquer. É a hora da minha série de culto.

As minhas noites, nos últimos anos, não se têm passado, de uma forma preferencial, muito tempo à frente da televisão. Até porque este objecto se me apresenta, ultimamente, mais soporífero que um valium. Ora, um gajo tem 50 e tal canais para ver, e tantas vezes, no resfolgar no sofá, pés em cima da mesa do centro, dedal de whisky à mão de semear, chega-se à incrível conclusão que nenhum vale os electrões despendidos.

Mas eis que, no princípio deste ano, algo apareceu que, confesso, me tem tornado a minha recolha nocturna mais agradável. O canal Fox, às 23:05, dá a série House M.D.
Lembro-me que a TVI passou em tempos este pedaço de momento bem passado. Ninguém provavelmente via, a não ser que fosse um mocho ou morcego, sonâmbulo ou com insónias. Era muito tarde. Normal. Às horas decentes baixa-se o nível para aumentar o interesse. Mas não do meu.

O Dr. Casa, para os amigos, é sublime. Cada episódio é um enigma por deslindar, através do tema sempre interessante que é o nosso próprio corpo. Mas é muito mais do que isso. Muito mais do que a genialidade de House, qual Sherlock Holmes na Londres do nosso organismo. É o enredo, a profundidade das personagens, todas orbitando na personalidade de House. Os próprios doentes não se resumem ao saco de doenças estranhas, mas eles próprios representam o quotidiano das nossas vidas, a fragilidade da nossa existência, a complexidade do nosso ser e vivência.

Ele, o House, à primeira vista, é tudo menos um ser cativante. É convencido, cínico, racional e frio, aleijado, arrogante, que maltrata as pessoas. Mas, no entanto, damo-nos connosco a querer humanizar este ser, que no fundo é assim para se proteger, transparecendo qual é o seu fundo, o seu humor, a sua arguta inteligência e a sua extrema dedicação aos “seus doentes”.

Dou-me comigo a desejar chegar a hora para me sentar no sofá, envolto na manta reconfortante do prazer de um momento bem passado.

House, para ti, o meu Bloga-me isto!

2 comentários:

Bem pouco mais sobre mim... disse...

Puxa, que bom saber que não só guris e gurias, mas também gajos e gajas assistem ao doutor mais fantástico do momento!

Anónimo disse...

Olá! Desde já obrigada por teres vistado o meu espaço e por seres um futuro leitor. Fico contente sempre que isso me acontece!
Quanto ao post devo dizer que de inicio não era apreciadora da séire, nem percebia o que tinha de tão fantástico até me sentar no sofá à mesma horas, todos os dias, para ver conpulsivamente! Agora adoro!