quarta-feira, junho 13, 2007

Fim-de-semana prolongado...


Neste fim-de-semana que passou, prolongado para alguns (inclusive para mim), não foi o que se pode definir como agradável. O meu filho mais novo teve uma infecção, o que me obrigou a passar todos esses dias fechado numa enfermaria dum hospital no Porto, que não digo o nome, mas que tem S. João como padroeiro.
Para quem é pai, sabe as preocupações que envolve um filho ser internado e ainda mais quando se trata de um hospital que tem as condições que este tem. Com a agravante da bactéria rara que entrou em cena por lá, há poucos dias.
Contudo, e em abono da verdade, e talvez pelas expectativas serem baixas, o fardo até nem foi muito pesado. Não pelas instalações, que são péssimas, mas pelas pessoas, sobretudo das enfermeiras. E é tão importante, a este nível, que a trato pessoal seja excelente, não só porque o estado de ansiedade é grande, mas porque pode compensar o deficit de conforto oferecido pelo local.
É certo que criticamos muitas vezes o pessoal médico e afins, mas neste local, numa pediatria algures num hospital no Porto, as coisas até correm bem.
Claro que após uma análise mais profunda, tenho de afirmar o que concluí.
O pessoal hospitalar nestes locais apoia-se sobretudo em pessoas novas e sem emprego garantido.
No caso dos médicos, são os de regime de internato, obviamente orientados por médicos experientes, mas que ainda não possuem a natural indiferença e arrogância que atingem após alguns anos disto. Espero que a nova geração tenha um pouco mais de sensibilidade e que cresçam, não só em termos técnicos mas em humanidade, que tanto ajuda a recuperação dos doentes.
No caso dos enfermeiros, a maioria são estagiários, sem garantia que após a sua conclusão, fiquem nos quadros do hospital. É muito badalada a segurança do emprego na função pública e dos seus efeitos na produtividade do seu trabalho. Quem não se sente aquela zona de desconforto, de insegurança, dificilmente luta pelo lugar. Ora, o aparente excesso de enfermeiros no mercado de trabalho, talvez tenha alguma influência na sua performance. E com isto, não só ganham os utentes porque ficam mais bem servidos, e de uma forma geral, a qualidade dos serviços que são prestados, mesmo que as condições físicas do local não sejam abonatórias.
Isto poderia ser um bom exemplo para o resto do funcionalismo público, para aqueles em que os direitos são intocáveis e que são incompetentes nos seus postos, ver colegas, que talvez por estarem numa zona de desconforto, tornam a vida dos utentes mais agradável, ou seja, fornecem um serviço com mais qualidade.
O meu *Bloga-me isto! a (quase) todos os que na Pediatria B do hospital S. João cuidaram do meu filho.

3 comentários:

Anónimo disse...

...e vai daqui também o meu Muito Obrigado de um padrinho "afastado" mas preocupado.

teresa.com disse...

pois.. ainda ha muito para mudar. Mas so depende de cada um e nunca de todos...
Ainda bem que o piqueno ja esta bem :)
beijos a todos

Miguel disse...

E é ve-lo agora, de volta ao seu melhor!
Fins de semana mais calmos, é o que te desejo