quarta-feira, junho 13, 2007

Um oásis no deserto

Aeroporto na margem sul do Tejo

Se há pessoa que nutro uma boa dose de antipatia é pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino. Pode-se comprovar, por exemplo, aqui.

Há pouco tempo, ele voltou a fazer das suas. Nada que não se pasme vindo de pitoresca figura que nos já causou, a todos, doses de elevada fruição com as suas sempre oportunas alcovitices.

Refiro-me, claro, à observação iluminada de que a margem sul do Tejo é um deserto. De facto, não compreendo o porquê de tanta indignação. O homem, de facto, tem razão e aliás tem trabalhado bastante para que se mantenha. Digo mais. Parece-me visionário o seu comentário, tendo em vista o conhecido avanço das areias do Sahara, quais exércitos dos antigos mouros, pelas planícies do sul da península Ibérica. Por tal, seria bem despropositado um elefante branco no meio de camelos. Só quem tem a vista toldada e desprovida de presciência, é que não concorda com ele. Ele próprio é um oásis no deserto do governo. Se não fosse ele de vez em quando a mandar umas bocas, isto não tinha piada nenhuma. Tome-se por exemplo a boca que ele mandou ao PM sobre ele pertencer à Ordem. Claro que as areias do Sahara têm a oposição de um D. Afonso Henriques, transmigrado em Mário Lino, a guardar a margem norte do rio Tejo, pelo menos na zona em que começam os esteios até ao oceano, naquela cidade onde se pensa que Ulisses perdeu as botas.

No fundo, penso que Mário Lino se está a candidatar a um lugar no Iraque. Percebe bastante de terrorismo, gosta de desertos e se aprecia as obras públicas, tem muito trabalho por lá. Se ele fez como causa pessoal a Ota, então espero que consigamos "bOta-lo" lá.

Para o nosso ministro mais “divertido”, o meu *Bloga-me isto!


5 comentários:

Vladimir disse...

"Ele próprio é um oásis no deserto do governo" ... isto vale por todo o resto....

Marisela Agra disse...

Uma ironia notavel que sem duvida subescrevo.
Com tanta coisa a fazer por este país e paramos sempre no mesmo sitio.

Como alguem dizia "estamos a desenvolver sem progresso".

sempre ao contrario.
breijo

Miguel disse...

Olha, é a segunda vez que aqui falas dele. E eu, encarecidamente peço-te:
- "Jamais, jamais!"

Por falar em "jamais" e neste senhor, acrescento citando Jamess Lowell:
"Dans la balance de la destinée, le muscle ne pèse jamais autant que le cerveau."

Valha-nos isso!

Marisela Agra disse...

Que se passa que não voltas :)

mare disse...

Depois de um período de reflexão, decidi voltar às lides de blogguista. Vejo que entretanto mantiveste a forma!