sexta-feira, outubro 13, 2006

Fragilidades

Somos animais.

Esta nossa condição ninguém a pode desmentir, a não ser que se mudem as actuais definições do que é ser animal (o que está em voga, senão veja-se as ultimas reclassificações do que é ser planeta ou que é ser um advérbio em português). No entanto, o que nos distingue dos nossos conterrâneos “bestificados” amigos, é esta condição tão humana de sermos geridos pelas emoções. Sublinho o geridos e não que somos monopolistas de emoções (isso é outra conversa). Mas, observo o quão confrangedor pode ser esta gestão por algo que nos é impossível controlar, ou muitas vezes, entender. Refiro-me ao mais que evidente macho dominante pela sua força física, ser destronado por um simples heartbreak; ou um nato pigmeu ser temido por todos. É obvio que isto só é possível no Homem.

Desde cedo adquirimos esta capacidade de usarmos as emoções para a gestão do nosso dia-a-dia. Só um pai sabe o quão maravilhosamente malvado é um sorriso de um bebé de 2 meses. Impossível virar a cara. E no entanto, já está a ser usada essa capacidade só para atrair a atenção do progenitor (e diga-se muito eficazmente)!

Dei-me por mim a pensar nisto hoje, por ter sido confrontado com isto. Não directamente, mas como espectador de quem já foi actor principal. Neste palco que é a vida, o timing de estar na plateia ou em cena é alternado. E depende muito do qual a peça que está no ar. Porque somos espectadores numa e actores noutras.

Mas voltando à vaca fria, a tirania das emoções faz-nos sentir fortes num dia, para no outro ser o apocalipse now. "...Um dia rei, noutro dia sem comer..." O constatar isso é atingir a nossa mais pura essência, chame-se patológica ou motora, dissonante ou arrebatadora, mas o que nos faz realmente ser Humanos.
A propósito disto, convém referir que o sexo feminino está muito mais evoluído nesta gestão, o qual usam e abusam (manipulação!!!) há longuíssimos séculos, ao ponto de eu achar que já estão geneticamente modificadas!

Chamei ao texto Fragilidades. Serão?
Se achas, Bloga-me isto!

1 comentário:

Anónimo disse...

as fragilidades são comuns aos dois sexos. Não sei se as mulheres estão mais à frente ou mais atrás, mas que sabem usar isso como ferramenta de gestão relacional, isso sabem!